[Ideias]Preciso de ideias no meu jogo

Você é um garoto normal de dezesseis anos. Você mora na cidade e estuda num colégio comum. Na sua classe tem uma garota pela qual você já está apaixonado desde o ano passado, mas nunca teve coragem de se declarar para ela.
Hoje, foi seu aniversário. Você mal acaba de se despedir de seus últimos convidados e já sobe para o seu quarto. Você está triste, olhando para a tela de seu computador onde se pode ver a conta desta garota num site de rede social. Então você levanta de repente. Está decidido! É quase meia-noite, de uma noite escura e relampejante, mas você irá até a casa dela, e vai se declarar de uma vez, aconteça o que acontecer. No máximo, ela te dirá não.
Você está cruzando a avenida de bicicleta quando o sinal fecha de repente. Você freia e vira bruscamente na próxima entrada à esquerda. Você está passando casa por casa, contando os números, quando percebe que está na rua errada. O local onde deveria estar a casa dela é, na verdade, uma loja abandonada. Como se não fosse o bastante, começa a chover de forma extremamente intensa, e os relâmpagos transformam-se em trovoadas ensurdecedoras. Instintivamente você entra na loja.
Lá dentro você percebe que está numa antiga biblioteca. Tem muita poeira em toda a parte. Você olha para a porta, vê a chuva, respira fundo, encosta a sua bicicleta num balcão e senta no chão encostando-se a uma estante.
 
Depois de um tempo você olha no seu relógio, se levanta e decide dar uma volta pelo lugar. Você vai passeando os olhos pelas estantes, lendo os títulos nas laterais dos livros, até encontrar um livro, todo ornamentado, que não tinha nenhuma inscrição. Você o pega e nota que nem a capa, nem a antecapa possuíam qualquer coisa escrita. Você abre o livro. Então você grita ao perceber que tem um rosto colado na parte interna da capa! Você para, inclina a cabeça, e percebe ser apenas o seu reflexo. Logo você nota que a parte interna da capa possuía uma superfície reflexiva com num espelho, mas com uma cor negra bem escura, o que resultava num reflexo profundo que surgia de repente como que saindo das sombras. Você folia o livro notando as páginas extremamente brancas e conservadas e nota que não havia nada escrito lá. Você estava prestes a pô-lo na prateleira quando nota que na parte interna da antecapa tinha um punhal guardado. Você põe o dedo numa abertura para tentar soltar o punhal, mas acaba se cortando com a lâmina. Imediatamente você leva a mão à boca. Algo cai no chão. Você olha e percebe ser uma rocha rosa avermelhada. Você vira o livro e repara que a pedra era a única rocha do ornamento do livro, visto que o resto era detalhado com um vistoso tecido costurado e bordado a mão, e com outros detalhes feitos de metal. Você pega a rocha e tenta encaixá-la quando nota que ela é maior do que o encaixe. Você abre o livro à procura de um buraco quando, acidentalmente, macha uma página com sangue. Então, para a sua surpresa, você nota que, onde o sangue passou, pôde ser notado letras escritas. Curioso, você esfrega mais uma parte da folha e percebe mais coisas escritas. Então, você aperta um pouco o seu corte e deixa pingar gotas na capa do livro notando uma escritura que, infelizmente, era irreconhecível tal como o idioma que tinha dentro do livro. Você passa um pouco mais de sangue aqui e ali e decide fazer outro corte. Então você, por acidente, respinga o sangue na superfície espelhada e nota que havia algo escrito ali. Para o seu horror, é seu nome!
Você larga o livro com um berro! Olha em volta e corre em direção e bicicleta. Mas quando você senta no banco para poder fugir do lugar, nota que algo está te machucando no seu bolso. Você pega o objeto, e nota ser a rocha rosa avermelhada! Assustado, você a arremessa, mas ela se mantém presa em sua mão! Você tenta puxá-la e percebe que ela começa a queimar a sua mão! Em seguida o seu corte começa a aumentar de tamanho e a rocha começa a entrar por ele, rasgando a sua mão! Você começa a gritar, se desequilibra e cai em cima da bicicleta, se cortando. Você se levanta e corre, deixando um rastro de sangue, no desespero você derruba uma estante que por consequência derruba outras em cadeia. Você cai berrando de dor e nota que a rocha rasgou sua palma e está com metade dela dentro de seu braço! Você respira ofegante, senti-se zonzo. A visão fica turva. A dor é tanta, que você desmaia.
 
Você acorda e nota que está de manhã. A chuva parou. Os pássaros cantam. Você olha em volta e percebe que a loja está do jeito que você a encontrou quando você entrou. Não tem sangue em parte alguma, não tem corte na sua mão e você está encostado na mesma estante de antes. Foi um pesadelo.
Você se levanta. Está todo sujo com uma lama formada pela poeira da loja com a água da chuva. Você respira fundo e decide ir embora.
 
Você está voltando para a casa de bicicleta quando, por acaso, você encontra a garota do colégio. Surpreso você se aproveita da oportunidade destinada a você, e se declara para ela. Ela sorri e te abraça dizendo que sempre gostou de você e que estava esperando você fazer isto. Em seguida ela diz que tem que fazer compras com a mãe e se despede. Você a observa se afasta. Então vira na direção oposta. Tudo deu certo. Parece um sonho. Você monta na bicicleta pedala um pouco, olha para trás: e seus olhares se cruzam. Por um breve momento, é claro. Você desvia o olhar na hora. E percebe que não foi o único. Por pouco não cai com um leve desequilíbrio.
Você retorna à rua da loja e é surpreendido por um corvo que passa por você e voa em direção a uma árvore. Você para de repente para não cair e xinga o corvo. Para a sua surpresa, o corvo fala com você! Ele diz, entre risadas meio brincalhonas meio sádicas, que é um demônio e que veio te avisar que a alma da garota com quem você falou será levada para o inferno quando o dia acabar, conforme o combinado. Você, ainda assustado e aturdido com a situação, decide se concentra na garota e indaga o porque de algo tão horrível acontecer. O corvo diz que você deveria saber o que estava no acordo do livro, visto que fez o ritual. Você o observa assustado, e então move o rosto em direção à sua mão direita. O corvo diz que você se fundiu com a rocha, pois aceitou o acordo. Você pergunta sobre que acordo ele fala. O corvo olha para a sua mão e diz ser o acordo do livro que você encontrou na biblioteca abandonada. O acordo que você fez quando cortou a sua mão com a adaga e passou o sangue no próprio reflexo. Você se mostra confuso e nega dizendo que tudo não passa de um mal entendido. Você diz que não aceitou nada visto que você se cortou acidentalmente. O corvo entende e se surpreende com a situação. Ele diz que não é comum alguém fazer o ritual de forma acidental. Em seguida ele diz que basta corta-se com a adaga e pingar o próprio sangue no livro para poder ler os seus comandos de utilização. Por fim ele diz que o livro lhe permite andar no mundo humano usando-se das leis físicas do mundo inferior, permitindo-o burlar algumas das leis físicas humanas. Depois ele lhe diz que você tem a capacidade convencer as pessoas do que quiser inclusive de amor e afeto, contanto que você lhes tire a alma.
Você arregala os olhos e pergunta se foi isto o que aconteceu com a sua amiga. O corvo cai na gargalhada e diz que você tem que se acostumar com o humor negro dos seres do submundo. Ele diz que a alma dela só irá para o inferno se ela o fizer por si própria e diz que você não pode convencer as pessoas assim, só por mágica. Ele diz que nem sabia que você se tratava de um novato. Você o pergunta sobre o que ele está falando. E ele responde dizendo que, como pode ser constatado no livro, você é um caçador de humanos. Você se pergunta se é outra brincadeira. E o corvo cai na gargalhada novamente. Ele te pergunta, surpreso, se você acha que isto é uma brincadeira. Ele percebe que você realmente não leu o acordo antes de assiná-lo com sangue, diz que isto é realmente muito incomum, e então diz que você deverá caçar seres humanos que venderam a alma para conseguir alguma coisa, que você não poderá mudar mais isto, e que tudo só acabará quando você morrer. Você pergunta o que acontecerá com você depois disso. Mas tudo o que o corvo faz é voar e ir embora.
 
Bem, eu vou parar por aqui. Quer saber? Acho que não ficou muito legal. Acabei de notar que o seu jogo é alegre e se chama As aventuras de (alguém que eu não gravei o nome). E esta história é bem sombria. O tom do jogo passou de leve e descontraído para sério e pesado. Até a faixa etária mudou. Bem, mas eu vou postar assim mesmo. Você pode usar este enredo se quiser. Se você desistir dele outra pessoa pode pegar. Vai que ele se encaixa melhor com o tema de outro jogo.