[pedido] idéias pra jogo educativo - medicamentos

Estou com um pedido pra fazer um jogo educativo. O tema é como lidar com medicamentos. Instruções como guardar a bula, atentar pra validade, não tomar medicamentos sem prescrição médica, não descartar o vidro vazio. Essas coisas.
Mas eu estou sem idéias do que fazer. Tem um complicador, daqui a pouco eu falo dele.

O prazo é extenso e pretendo fazer um jogo bacaninha. Nada de joguinho da memória, quiz, quebra-cabeça. Eu quero fazer um jogo que seja LEGAL de jogar. Quero que a parte educativa do jogo seja uma consequencia de jogar, não a motivação. Até bolei um jogo em que... Não, não vou dizer porque não quero adaptações da idéia. Ela está descartada. Por causa do complicador.

O complicador é o público-alvo. Crianças de uns 5, 7 anos. Não dá pra exigir concentração nenhuma, não dá pra exigir leitura, também. E isso matou minha primeira idéia.

Meu filho (5 anos) se vira supreendentemente bem com "angry birds", mas fica clicando loucamente ao jogar "candy crush" (se você não conhece, "candy crush" é um "bejeweled" revisitado). Quer dizer, o jogo pra ele não tem que ser simples, o raciocínio durante o jogo é que tem que ser simples. E eu treinei meu cérebro pra criar jogos em que raciocínio rápido e complexo sejam necessários.

Então, suponho que exista um jogo em que usar corretamente os medicamentos seja LEGAL. Que use tão pouco texto que a dublagem seja uma opção viável. Só que não encontro esse jogo em lugar nenhum.

Me ajuda?

Lembrando: tenho prazo e artistas à disposição. Só me falta mesmo é ter um jogo.

[edit 23/05/2013]Vou fazer uma voletânea de mini-jogos. Cada jogo será simplezinhe e irá focar apenas um ou dois conceitos. O jogador terá uma tela principal onde escolherá o mini-jogo. Os conceitos a serem apresentados são:
- CONSULTAR O MÉDICO ANTES DE ESCOLHER O MEDICAMENTO
- ENTENDER A RECEITA
- PEDIR PRA COLOCAR O NOME DO PRINCÍPIO ATIVO NA RECEITA
- VERIFICAR NOME, CONCENTRAÇÃO E APRESENTAÇÃO
- VERIFICAR PRAZO DE VALIDADE, RÓTULO, LACRE, TAMPA, ASPECTO DA EMBALAGEM
- GUARDAR A BULA
- CONSULTAR A BULA
- MANTER O MEDICAMENTO NA EMBALAGEM ORIGINAL
- ADMINISTRAR CORRETAMENTE (NA DÚVIDA, COM ÁGUA)
- SEGUIR OS HORÁRIOS
- NÃO MUDAR A EMBALAGEM
- NOTIFICAR O MÉDICO EM CASO DE EVENTOS ADVERSOS
- NÃO ALTERAR A DOSE OU SUSPENDER TRATAMENTO SEM ORIENTAÇÃO MÉDICA
- ARMAZENAR CORRETAMENTE
- DESCARTAR MEDICAMENTOS EM FARMÁCIA QUE FAÇA PARTE DO PROGRAMA DE RECOLHIMENTO

Acho bem complicado fazer isso:

Instruções como guardar a bula, atentar pra validade, não tomar medicamentos sem prescrição médica, não descartar o vidro vazio.

para o seu público-alvo.

O que eu recomendaria é um jogo de plataforma, em que você luta contra vírus e bactérias e tem que pegar os remédios espalhados. Mas encaixar tudo isso é complicado mesmo. Atentar para a validade... poderia ser assim: os remédios vão mudando de cor, o que indica que estão apodrecendo. Se você pegar um com a cor de estragado, então você perde mais vida. Junto com o remédio poderia ter um médico, e aí o remédio seria bom. Já se o remédio estivesse sozinho, eles teriam automaticamente a cor de estragado e você perderia vida. Sem mais ideias.

As ideias do Pedro realmente são boas, e não sei se estou acrescentando, complicando ou mesmo falando nada com nada. Mas tive vontade de opinar.

Trabalhar com crianças é muito delicado, ao mesmo tempo que voce tem que pensar igual a eles, entrar, conhecer o mundo deles, e se enturmar, voce tem que ser o adulto consciente.

Criança gosta de coisas coloridas, alegres e animadas! Mesmo que seja bobagens até mesmo uma bolota que foge do mouse lhes é engraçado.
Mas as crianças de hoje em dia, parece já nascer conectadas, mesmo não sabendo ler, corremos o risco delas fazerem coisas que duvidamos!

Bem, vamos ao que interessa jogo educativo sobre remédios e crianças.

Plataforma: sim. code se ambientar o cenário ao estilo toy story e algo que misture um pouco ao yoshland(aquele que o mário é bebê chorão e que o yoshi tem que cuidar.kkkkk)

a forma de coletar os remédios podem ser como o pedro falou, mas acho que deva acrescentar que ela não devera usar por si sozinha a não ser que tenha sido acompanhada ou aprendido anteriormente. A desculpa para que ela colete os remédios é para evitar que outras crianças acidentalmente os ingira.

Então pode ser uma criança que quando perto de um adulto tenha uma aura de proteção e os danos menores.
mas no decorrer do jogo, que não será apenas dentro da casa, muitos, infinitos lugares... tudo deve ser interessante para o pive... ops! (kkkk) tudo perigoso deve chamar a atenção e caso o idio.... ops(KKKKKK) mesmo sabendo que na vida real é perigoso decida mexer, se ferra! aí então entra em cena os medicamentos que vão desde uma simples bandagem até um médico!


Exemplo de isca para o jogador se ferrar (kkkkkkkkkkkkkk):
uma tomada dançante e alegre e convidativa, uma faca que é uma espada poderosa do guerreiro bobão, animais peconhentos, animais bravos(kkkkk), tábuas com pregos, brinquedo espalhados pelo chão, fogão com panela com cabo pra fora. produtos que crianças não deveriam mexer num local acessível e por aí vai (tudo convidando a curiosidade como é a realidade)

Exemplos de machucados:
arranhoes, choques, cortes queimaduras e outros.

Salvação:
uma barra de distância de um adulto, que em caso de ferimentos podem vir com a solução. É aí que entra a parte do conhecimento! ela deve escolher o remédio apropriado! Remédios que esta coletou ao longo do caminho.

crianças Jamais devem estar desacompanhadas e nem devem ser incentivadas a isso e muito menos tomar remédios sozinhas, mas há casos que não tem solução e uma criança com tais conhecimentos podem salvar a si mesmo ou a alguém.

Sugiro um treinamento antes do game(com voz) ou antes de cada missão.
Bem... É isso.

O problema dessas idéias é o mesmo problema da idéia que foi descartada... Elas requerem explicação. Um remédio que muda de cor pra perder a validade precisa de um texto antes (ainda que dublado), explicando que car A é válido e cor B é vencido. É muita abstração. Se tiver um adulto jogando com os moleques, explicando, eles entendem, mas soltar a meninada no jogo, sem nada, não dá.
Qualquer explicação deixa o jogo chato. "Quero andar depressa com isso, cadê o botão de 'skip', cadê o jogo?". O conceito tem que ser simples, chegar e jogar. Se eu tiver que abrir mão de um pouco de diversão, se não tiver jeito, azar. Vai como der. Já tenho algumas formas de fazer um quiz ficar menos desinteressante. Mas se der pra fazer algo mais envolvente, melhor.

Talvez eu esteja pensando muito pro lado errado. E se eu fizer uma coletânea de mini-jogos, com uma tela principal onde os meninos possam escolher qual jogo iniciar? Aí, com um conceito diferente pra cada mini-jogo, as instruções (dubladas) ficariam menores, mais diretas, sem atrapalhar muito a diversão. Se desse pra fazer algo tão direto quanto "wario ware(1)", seria ótimo, mas talvez uns 5 segundos de texto em cada mini-jogo não seja tão ruim.
Aí, depois, eu dou uma medalha pro garoto que completar todos os mini-jogos!

Se isso for uma boa idéia, ainda preciso definir cada mini-jogo. Aí, a idéia das cores pro remédio vencido passa a ser uma boa. "Separe os remédios que ainda não venceram". Depois, as bulas estão misturadas, o jogador precisa juntar pares (bula com remédio, eu faço ícones diferentes pra cada par). Vou pegar a cartilha com todos os conceitos a serem colocados no jogo, resumir e volto a postar aqui.

(1):

saim, meio que seria uma mensagem subliminar. Só de ver que depois de um tempo o remédio perde o efeito, isso de alguma forma mostra que o remédio real estraga com o tempo...

Talvez colocar um cachorro que fala (sonoramente) fosse uma boa ideia. Crianças gostam disso.

A proposta do jogo é completamente contraditória, crianças de 5 anos devem ser completamente afastadas de medicamentos. Qualquer jogo pra educar neste sentido incentivaria a auto medicação, que no caso de crianças seria uma coisa desastrosa.

A única saída que vejo é um jogo que direcione a criança a evitar o contato com medicamentos que não são fornecidos por adultos.

Poderia ser um jogo em qualquer gênero, o mais importante é que ao colidir com um medicamento o personagem ( uma criança) sofresse transformações extranhas, aparentando estar mais doente devido a reações ao medicamento.

Mas ainda seria necessário bolar a parte em que seria seguro tomar a medicação, para que o jogo não tenha um efeito traumático e as crianças ser recusem a tomar qualquer tipo de medicação, a maioria já não gosta de tomar remédio e se o jogo não mostrar isto a situação piora.

Quanto ao quesito diversão, realmente, qualquer texto mata (ora, tenho 13 anos, vivi isso há pouco tempo!), e jogo pra criança tem que ser com comandos fáceis, nada como (claro que não teria isso no jogo) soco no chão dá uma coisa, soco no ar é outra, etc. Hoje em dia as crianças parecem gostar de jogos "mastigados" e "cuspidos". Como assim? Ora, um jogo ultra simples, com comandos fáceis e uma jogabilidade meio lenta (ah, isso eu odiava, não conseguia ver aqueles moleques jogando "coelho sabido", em que você clica uma vez a cada três segundos e vem uma mensagem de parabéns, mas todo mundo amava), e um jogo sem história, ou seja, já vem cuspido, plé, tá lá. Uma alternativa aos textos é um personagem com voz ENGRAÇADA. A criança passa a repetir a fala do personagem e aquilo fica na cabeça dela. É importante estar sempre parabenizando a criança, com mensagens de você conseguiu, parabéns, você é dez... E nunca "VOCÊ PERDEU!" É melhor "tente de novo", use uns eufemismos ae.

Olha tenho duas crianças pequenas em e sei muito bem como e dificel atrair a atenção delas.

Voce poderia utilizar algo simples para alertar as criancas, como se elas beberem\consumirem o medicamento, simultaneamente elas ficariam ''mau'',
faca um avatar em forma de crianca, e coloque comodos de casa como senario, e se consumirem o avatar muda de cor, como por exemplo fica verde, pra cada açao muda-se a cor do personagem e suas espessoes para que a crianca possa reconhecer os riscos, como os desenhos animados fazem.
Espero que minha idea ajude um pouco

@PedroX: Eu entendi sua idéia, mas ela pode ser interpretada de muitas formas. Seria preciso uma explicação antes pra garantir que a mudança de cor representa o vencimento da validade.
@PedroX & jenipher.cezarini: Um avatar infantil pra passar as instruções é uma ótima idéia. Adorei! Vou pensar em alguma coisa, provavelmente uma criança vestida de médico, naquele estilo em que a cabeça fica do tamanho do corpo (SD?).
@Brother27: Ficar parabenizando o tempo todo e incentivar a tentar novamente em caso de fracasso. Anotado. Os jogos do discovery kids usam isso demais! Funciona mesmo! Qualquer coisa certa é um exagero de partículas e "parabéns". Não sou muito fã disso, mas a garotada gosta - e o jogo não é pra mim.
@cascavelo: A proposta do jogo é bem séria. É uma ação educativa que já existe, o jogo eletrônico é só uma nova forma de educar. Eu devia ter mencionado antes todos os conceitos que eu gostaria que o jogo passasse, mas fui pego de surpresa pela idade do publico-alvo e criei o tópico meio que no desespero (eu achava que seriam uns 10 anos e já tinha uma visão completa de como seria o jogo). Entre os conceitos estão o correto armazenamento dos medicamentos (longe das crianças, por consequencia) e não usar os medicamentos sem recomendação médica. Quando eu comecei a responder, usar a receita era o conceito que eu mais estava com dificuldade em bolar um jogo, mas já pensei numa coisa. Vou editando o tópico inicial, pra consulta.

Abaixo, todos os conceitos que quero colocar no jogo. Não sei se tem problema deixar algum de fora.

Consultar o médico antes de escolher o medicamento
Entender a receita
Pedir pra colocar o nome do princípio ativo na receita
Verificar nome, concentração e apresentação
Verificar prazo de validade, rótulo, lacre, tampa, aspecto da embalagem
Guardar a bula
Manter o medicamento na embalagem original
Consultar a bula
Administrar corretamente (na dúvida, com água)
Seguir os horários
Não mudar a embalagem
Notificar o médico em caso de eventos adversos
Não alterar a dose ou suspender tratamento sem orientação médica
Armazenar corretamente
Descartar medicamentos em farmácia que faça parte do programa de recolhimento

@cascavelo & jenipher.cezarini: Não quero passar mensagens negativas. Não quero permitir a possibilidade de fracasso. É aquela história que o Brother27 comentou: sempre dar os parabéns e, no caso do jogador fazer bobagem, usar um eufemismo pra mostrar que o buraco é mais embaixo. Bem na linha do site do discovery kids, mesmo.

@todos: Está batido o martelo na coletânea de mini-games. Mas ainda precisa de idéias pra quais mini-games fazer e também como juntar todos eles. Já tenho alguma coisa na cabeça e vou alterando o post inicial à medida em que as idéias forem aparecendo (não agora, porque o chefe tá vindo ali). Pretendo ter um GDD até o final da semana...

Consultar o médico antes de escolher o medicamento
Entender a receita
Pedir pra colocar o nome do princípio ativo na receita
Verificar nome, concentração e apresentação
Verificar prazo de validade, rótulo, lacre, tampa, aspecto da embalagem
Guardar a bula
Manter o medicamento na embalagem original
Consultar a bula
Administrar corretamente (na dúvida, com água)
Seguir os horários
Não mudar a embalagem
Notificar o médico em caso de eventos adversos
Não alterar a dose ou suspender tratamento sem orientação médica
Armazenar corretamente
Descartar medicamentos em farmácia que faça parte do programa de recolhimento

Lista grande... Bom, vamos começar novamente, melhorando a outra ideia.

Código:

1- jogo de RPG, ao estilo Zelda
2- você tem que levar remédios para os NPCs doentes
3- você pega o remédio com um médico, que pode dar diferentes remédios a cada vez
4- você não pode demorar para entregar o remédio, pois ele vai mudando de cor, indicando que está estragando
5- quando levar o remédio ao NPC, este mostra uma imagem (bula) indicando para que serve o remédio, e assim define se vai tomar
6- se o remédio for o certo, ele toma e fica bom, caso contrário, ele não aceita, e fica cada vez mais doente
7- você tem que entregar o mesmo remédio várias vezes ao NPC, em horários definidos: manhã, tarde ou noite

É só ir adaptando a ideia. O personagem principal pode ser um cão, os NPCs podem ser humanos, entre outros.

Wow! Criança vai se tornar salva vidas! kkkkk Ou melhor... assistente.

Bem melhor do que incentiva-la a tomar por si, mas buscar o remédio para salvar alguém!

@PedroX: É bem parecido com a idéia original, que estava até bem evoluída antes de eu descobrir que a idade média do público-alvo era 5, e não 10, anos. Mesmo com 10 anos, eu precisei usar um artifício pra obrigar os jogadores a LEREM os textos (segundo a pedagoga que consultei, se houver a possibilidade de jogar sem ler, eles VÃO jogar sem ler).
A idéia era jogar uma personagem numa cidade em que ninguém tem muita noção e essa personagem sairia procurando pessoas com problemas, iniciando missões. As missões seriam ajudar os doentes a agirem corretamente, cada missão envolvendo alguns conceitos, mas sempre com a mecânica de ir de um lugar a outro, num determinado espaço de tempo. O truque que eu tinha usado pra obrigar a meninada a ler era colocar um quiz no final dos diálogos, com 3 opções de ação, apenas uma correta.
O problema dessa idéia - e de qualquer RPG - é o falatório. Muito texto, muita informação. Mesmo que o jogo fosse todo dublado (o que não considero a melhor opção), ainda seria demais pra eles considerarem divertido.

Recentemente eu terminei "zelda: twilight princess" (recomendo!). Meu menino adorava me ver jogando, mas ficava irado toda vez que começava algum diálogo. E eu sempre traduzia os diálogos pra ele. Ele queria mesmo era ver os "chefão".

...E saía correndo, pra esconder da maioria deles...


O conceito inicial já está definido, vai ser mesmo uma coletânea de mini-jogos. Pra ter uma tela central, de onde escolher os demais jogos, eu pensei numa farmácia que foi invadida por duendes ou que passou um furacão ou alguma outra coisa que deixou tudo bagunçado. Aí, cada prateleira seria um mini-jogo que, ao ser completo, arrumaria a bagunça. Pra seguir a receita, um jogo de tiro-ao-alvo (em que só os remédios da receita são alvos), pra guardar a bula, um jogo da memória (sim, eu queira evitar isso, mas agora me parece uma boa) em que a bula e a embalagem devem ser do mesmo medicamento. Um jogo de "lince" pra encontrar o remédio em boas condições no meio de um monte de remédios vencidos e violados. Por aí vai.