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[Jam de Roteiros #1] O gafanhoto e as formigas
2 participantes
GMBR :: Projetos :: Idéias e Enredos
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[Jam de Roteiros #1] O gafanhoto e as formigas
Iniciando o jam de roteiros (e mantendo a mesma pegada de sempre), estou postando aqui esta fábula desnecessariamente moralista
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Era uma vez um gafanhoto que nunca trabalhou na vida. No contexto da pandemia, ele passou o verão inteiro deitado numa rede usando redes sociais e sobrevivendo de auxílio emergencial.
Quando veio o inverno, e tudo ficou coberto de neve, ele viu que a coisa ia ficar preta. O frio era insuportável e a fome começava a apertar. Sua única saída era apelar para as formigas.
Ao chegar perto da janelinha de vidro do formigueiro, o gafanhoto usou sua mão para limpar um pouco de neve acumulada. O lado de dentro estava iluminado por velas e havia formigas jogando baralho numa mesa redonda. Pareciam felizes com aquilo. O gafanhoto bateu no vidro e chamou a atenção delas.
A formiga que veio atendê-lo pareceu se decepcionar ao abrir a janela. O gafanhoto abre a boca e aponta para dentro dela, anunciando que queria comida, mas não é atendido; ao invés disso, a formiga o acusa de vagabundo, drogueiro e assaltante. A fisionomia do pedinte não o ajudava, pois era alto, forte, mal encarado e tinha fama de ser da pesada.
Ficou por aquilo mesmo. O inseto teve um ataque de fúria e jogou uma bola de neve na vidraça, que foi fechada em sua cara sem dar satisfação. Aquele formigueiro não lhe daria migalha alguma. Isso lhe despertou uma revolta latejante.
Num bar, horas depois, o gafanhoto já estava reunido com sua laia. Tratava-se de um rola-bosta, um carrapato bovino e um cupim, e, extraordinariamente, uma lombriga. Os comparsas de longa data estranharam a presença daquele nematelminto branquelo. "Este aqui é o Steve, um psico que eu conheci há dois dias. Não liguem se ele fala pouco e tem uma suástica tatuada na testa", explica o chefe do bando.
"Seguinte, o plano é este: o rola-bosta vai subir a colina, criar uma bolinha de neve e sair rolando ela até ela aumentar de tamanho, para taparmos o buraco do formigueiro. Quando as formigas notarem o escuro, vão mandar uns dois ou três peões para remover a neve, e aí, quando eles saírem, a gente rende eles. Eu tenho dois três oitões aqui. Eu e o carrapato cuidamos dessa parte."
"A gente entra pelo buraco mesmo, chefia?", pergunta o carrapato.
"Não, é muito arriscado. Vamos pegar os reféns e torturar eles, se preciso, até eles confessarem onde é o local exato do túnel principal. Nós temos que saber onde temos que cavar. Achando a via principal, a gente chega na comida."
O plano foi executado no dia seguinte. Tudo funcionou como um relógio. Os vagabundos obstruíram a entrada do formigueiro, vieram dois peões para entender o que estava havendo, os dois foram rendidos e depois foram devidamente torturados. Em seguida, confessaram o local exato onde os bandidos deveriam cavar para achar a comida. O gafanhoto e sua gangue levam os reféns consigo.
Os responsáveis por cavar eram o cupim e a lombriga nazista, mas os dois não estavam muito sincronizados. A lombriga jogava neve na cara do cupim intencionalmente. "Tá doido?", reclama o cupim, e os dois soltam as pás e começam a brigar no murro. A lombriga proferia palavras racistas contra o cupim, que era moreninho, e tanto o carrapato quanto o rola-bosta tomaram as dores. Houve um espancamento, contra a vontade do gafanhoto, que gritou a plenos pulmões para pararem.
Uma sirene tocou há alguns metros dali. Um dos reféns olha no rosto do gafanhoto e lhe diz que a brincadeira acabou, pois logo a ajuda chegaria. Furioso, o vagabundo executa os dois reféns à bala.
"Vamos correr daqui!", diz o carrapato, após avistar um verdadeiro exército a uns vinte metros dali. Eles chegariam em poucos minutos.
Gafanhoto, cupim, carrapato e rola-bosta se enfiam na neve, em direção a uma mata. A lombriga foi abandonada ali mesmo, semiviva.
Na mata, os vagabundos entram dentro de um toco de árvore. Não demorou para eles ficarem cercados. Agora, encurralados, eles brigavam entre si:
"A culpa foi toda sua, que trouxe aquele verme racista! Ele estragou tudo", acusava o carrapato; "Eu sabia que não valia a pena! Eu sabia!", insistia.
No ápice de sua fúria, o gafanhoto disparou três vezes contra o amigo. Saiu muito sangue. O cupim e o rola bosta ficaram chocados.
"Eu vou embora dessa merda", declara o rola bosta, e sai. Ele ergue as duas mãos para o alto e deixa o toco para se entregar às formigas. Só restaram agora o cupim, o gafanhoto e o cadáver do carrapato.
O cerco durou horas. O cupim estava com tanta fome que começou a comer pedaços da parede. O gafanhoto olhava penosamente para o carrapato, seu melhor amigo. Ele não parecia apetitoso.
"Porra, que fome do c#r@lh*. Será que valeu a pena esse assalto?"
Depressivo, o gafanhoto tira o smartphone do bolso, grava um stories criticando a sociedade capitalista e em seguida se suicida com um tiro nas costas.
Moral da história: bandido tem mais é que se lascar, não importa se tem um metro e noventa de altura ou cinco centímetros.
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O Gafanhoto e as formigas
Era uma vez um gafanhoto que nunca trabalhou na vida. No contexto da pandemia, ele passou o verão inteiro deitado numa rede usando redes sociais e sobrevivendo de auxílio emergencial.
Quando veio o inverno, e tudo ficou coberto de neve, ele viu que a coisa ia ficar preta. O frio era insuportável e a fome começava a apertar. Sua única saída era apelar para as formigas.
Ao chegar perto da janelinha de vidro do formigueiro, o gafanhoto usou sua mão para limpar um pouco de neve acumulada. O lado de dentro estava iluminado por velas e havia formigas jogando baralho numa mesa redonda. Pareciam felizes com aquilo. O gafanhoto bateu no vidro e chamou a atenção delas.
A formiga que veio atendê-lo pareceu se decepcionar ao abrir a janela. O gafanhoto abre a boca e aponta para dentro dela, anunciando que queria comida, mas não é atendido; ao invés disso, a formiga o acusa de vagabundo, drogueiro e assaltante. A fisionomia do pedinte não o ajudava, pois era alto, forte, mal encarado e tinha fama de ser da pesada.
Ficou por aquilo mesmo. O inseto teve um ataque de fúria e jogou uma bola de neve na vidraça, que foi fechada em sua cara sem dar satisfação. Aquele formigueiro não lhe daria migalha alguma. Isso lhe despertou uma revolta latejante.
"Vocês vão ver, seus filhos da p#ta. Eu vou trazer a minha turma pra cá, e nós vamos virar esse formigueiro pelo avesso!"
Num bar, horas depois, o gafanhoto já estava reunido com sua laia. Tratava-se de um rola-bosta, um carrapato bovino e um cupim, e, extraordinariamente, uma lombriga. Os comparsas de longa data estranharam a presença daquele nematelminto branquelo. "Este aqui é o Steve, um psico que eu conheci há dois dias. Não liguem se ele fala pouco e tem uma suástica tatuada na testa", explica o chefe do bando.
"Seguinte, o plano é este: o rola-bosta vai subir a colina, criar uma bolinha de neve e sair rolando ela até ela aumentar de tamanho, para taparmos o buraco do formigueiro. Quando as formigas notarem o escuro, vão mandar uns dois ou três peões para remover a neve, e aí, quando eles saírem, a gente rende eles. Eu tenho dois três oitões aqui. Eu e o carrapato cuidamos dessa parte."
"A gente entra pelo buraco mesmo, chefia?", pergunta o carrapato.
"Não, é muito arriscado. Vamos pegar os reféns e torturar eles, se preciso, até eles confessarem onde é o local exato do túnel principal. Nós temos que saber onde temos que cavar. Achando a via principal, a gente chega na comida."
O plano foi executado no dia seguinte. Tudo funcionou como um relógio. Os vagabundos obstruíram a entrada do formigueiro, vieram dois peões para entender o que estava havendo, os dois foram rendidos e depois foram devidamente torturados. Em seguida, confessaram o local exato onde os bandidos deveriam cavar para achar a comida. O gafanhoto e sua gangue levam os reféns consigo.
Os responsáveis por cavar eram o cupim e a lombriga nazista, mas os dois não estavam muito sincronizados. A lombriga jogava neve na cara do cupim intencionalmente. "Tá doido?", reclama o cupim, e os dois soltam as pás e começam a brigar no murro. A lombriga proferia palavras racistas contra o cupim, que era moreninho, e tanto o carrapato quanto o rola-bosta tomaram as dores. Houve um espancamento, contra a vontade do gafanhoto, que gritou a plenos pulmões para pararem.
Uma sirene tocou há alguns metros dali. Um dos reféns olha no rosto do gafanhoto e lhe diz que a brincadeira acabou, pois logo a ajuda chegaria. Furioso, o vagabundo executa os dois reféns à bala.
"Vamos correr daqui!", diz o carrapato, após avistar um verdadeiro exército a uns vinte metros dali. Eles chegariam em poucos minutos.
Gafanhoto, cupim, carrapato e rola-bosta se enfiam na neve, em direção a uma mata. A lombriga foi abandonada ali mesmo, semiviva.
Na mata, os vagabundos entram dentro de um toco de árvore. Não demorou para eles ficarem cercados. Agora, encurralados, eles brigavam entre si:
"A culpa foi toda sua, que trouxe aquele verme racista! Ele estragou tudo", acusava o carrapato; "Eu sabia que não valia a pena! Eu sabia!", insistia.
No ápice de sua fúria, o gafanhoto disparou três vezes contra o amigo. Saiu muito sangue. O cupim e o rola bosta ficaram chocados.
"Eu vou embora dessa merda", declara o rola bosta, e sai. Ele ergue as duas mãos para o alto e deixa o toco para se entregar às formigas. Só restaram agora o cupim, o gafanhoto e o cadáver do carrapato.
O cerco durou horas. O cupim estava com tanta fome que começou a comer pedaços da parede. O gafanhoto olhava penosamente para o carrapato, seu melhor amigo. Ele não parecia apetitoso.
"Porra, que fome do c#r@lh*. Será que valeu a pena esse assalto?"
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Re: [Jam de Roteiros #1] O gafanhoto e as formigas
A história ficou tão boa que eu sinceramente nem sei bem o que comentar xD
Super bem escrita e com umas sacadas geniais, como o lance da lombriga neonazista hauhauhah
O desenho do gafanhoto também ficou excelente.
Super bem escrita e com umas sacadas geniais, como o lance da lombriga neonazista hauhauhah
O desenho do gafanhoto também ficou excelente.
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Re: [Jam de Roteiros #1] O gafanhoto e as formigas
Valeu pelo feedback, Super!
Nos próximos dias estarei inserindo mais ilustrações de MS paint dentro do texto.
Nos próximos dias estarei inserindo mais ilustrações de MS paint dentro do texto.
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