Unknown Reasons

Então pessoal, vim aqui só divulgar uma estória que estou fazendo baseando-se nos meus conhecimentos sobre sociologia, filosofia e história. Mesmo não tendo citado nenhum evento histórico, quem sabe sobre o assunto vai assimilar ideias facilmente. Eu gostaria de opiniões de como a estória está ficando, se for possível. Obrigado.


Já não era a primeira vez que acordava com o sons das sirenes de alerta soando ao meu ouvido, minha mãe gritando para nós irmos para o porão. Melhor, nem dormia, era impossível dormir em meio à essa situação caótica que nós estavamos inseridos. É a guerra, nos faz parar para pensar um pouco, e assim vemos como o ser humano é tolo, propaga a desgraça da própria raça. Guerra por território, por diferenças étnicas ou sociais, guerra é guerra, e pra mim, não importa o motivo que dessem, pra mim, só mostra como somos fúteis, ignorantes.

Agora, existe algo diferente de quem parte para o confronto e quem só está defendendo sua pátria, sua família, o motivo de já não ter se suicidado. E você, meu caro leitor, pode achar que estou exagerando, mas a guerra, é um show de horrores, é a dor de não poder socorrer nem a sua família, pois sabe se tentar, vai morrer junto com eles. Infelizmente, somos frágeis, fracos, todo o império que criamos foram devido à nossa racionalidade infeliz, que nos faz corroer este mundo. O ser humano é o maior vírus, o maior fungo que já existiu, sua racionalidade pouco foi usada para ser benéfica ao mundo, e assim evidentemente ser benéfica à nós, mas não, corroemos este planeta com nossos prédios, indústrias e o nosso lixo, acumulado, inútil. Não é benéfico nem para nós nem para a natureza. A solução para qualquer problema social seria que o humano não tivesse alcançado a racionalidade, e que pudesse deixar o ciclo da vida, intacto, assim como é para ser.

À esta altura do campeonato, deves achar que odeio a humanidade, mas não, não me lembro de guardar rancor de nenhum ser humano, fora os líderes dessas guerras, mas não dos soldados, muitos são contra o regime e não tem como eu destinguir cada opinião de cada pessoa, fora que estes líderes controlam a mídia, fazem o errado parecer totalmente certo, a mentira se torna verdade. Somos manipulados até demais neste mundo, você acha que tem liberdade de expressão, mas tudo que você expressa já está predefinido pela forma da qual vivemos. Agora chega de interrupções e voltaremos aos fatos.

Meu pai trabalha no serviço militar, mais especificamente, Marinha. Sim, meu pai participava dessas guerras como combatente, eu não lembro qual era a minha reação à isso, eu era apenas criança, não sabia o que era guerra, só sabia da parte que saía da boca dos meus pais, mais nada. Além disso, as memórias daquela época, não estão muito claras para mim. Porém lembro de ficar apavorado com o barulho das bombas, granadas e tiros que podiam ser ouvidos de longe. Vivi assim na infância, morávamos numa casa e minha mãe nos dava um limite de 10 metros para que eu e meu irmão pudessemos brincar e poder chamar essa fase da vida de infância. Como nossa casa ficava um pouco longe dos pontos de guerra não era tão perigoso, mas quando o toque de recolher soava todos corriam para suas casas pois algumas viaturas “inimigas” estavam circulando rapidamente pelo local para matar as pessoas que estavam fora de suas casas, mas depois estas viaturas eram neutralizadas pelo exercito local, que para mim, parecia ser eficiente.

Isso é o que eu lembro de relevante que aconteceu na minha infância, foi pouco, acho que é pela inocência de uma criança que desconhecia a complexidade do mundo. Vamos à adolescência, que é o período de passagem de ingênuo para “esclarecido”. Na adolescência você começa a ver o mundo com olhos críticos que te faz refletir sobre coisas que vão depender de cada pessoa. Eu pensava na forma que o mundo funcionava, dos sistemas socio-econômicos e etc. De certa forma, você começa a ver o mundo com outros olhos, mas a adolescência não esquece a infância e leva consigo a felicidade, os assuntos entre amigos já são outros, mas essa fase de transição continua sendo infância só que com mais esclarecimento.

Se é apenas opiniões, digo que a história está ficando muito boa. Existe um sentimento no narrador que detalha tudo aquilo que ele sente sobre a guerra. É uma pena que isso é apenas um prólogo e espero que o futuro restante da história mantenha o nível, pois parece ser promissor.
E outra: Qual será a finalidade dessa história? Será voltado à narrativa de algum jogo ou será enredo de um livro?

Obrigado pelo comentário Rhouros
Quanto à finalidade do texto... Bem, ainda não tenho certeza, pretendo fazer um texto grande, acho que fazer um jogo seria complicado, mas acho que farei uma narração com algumas ilustrações e talvez alguns vídeos.

Lendo o começo achei que o narrador estava descrevendo algo que tinha ocorrido com ele em meio de uma guerra, mas mudou para algo como, o ódio que ele sente sobre o "senhores do mundo", como se tivesse descoberto o motivo das guerras.

Vai ter continuação? Gostei da forma que você cria a narrativa, se for uma crônica está ótimo, se for uma estória com continuação, tome cuidado em criar novas situações, não deixe as mais antigas sem solução, isso pode deixar tudo confuso, se você assistiu LOST vai entender o que estou falando

A forma como o narrador descreveu a história foi a utilização ótima da linguagem culta.
Você terá um grande futuro se continuar com o roteiro. Porque não ínicie um livro com base nesse resumo, vamos dizer assim.
Seria uma boa, um livro de aventura e guerra nos tempos atuais.
E narrado em primeira pessoa como você próprio fez, seria interessante, adoro livros em primeira pessoa.

Aguardo novidades.

Zé tá muito baum! Se fosse para um jogo seria muito legal. Mas como você falou seria complicado.

Uma coisa estranha é o personagem se comportar como autor também. Ele está contando o inicio do dia quando derrepente conversa com o leitor. Acho que só a palavra leitor confundiu as coisas, seria melhor o você mesmo, que é usado mais a frente.

É isso, espero mais. Sugiro que crie um blog para ir postando os capitulos.

FLWS!

Obrigado pelos comentários pessoal. Ainda bem que todos estão gostando

@Joton: Sim, ele começa falando um pouco sobre a sua situação na guerra mas interrompe para mostrar um pouco do seu estado mental. Vai ter continuação sim, amanhã vou continuar a produção e ele vai continuar dando detalhes da sua vida, e assim a narrativa vai se produzindo. Obrigado pelo conselho vou tentar deixar as coisas um pouco claras, mas de forma que o leitor também reflita sobre o texto.


@ManiacoBranco: Que bom que tenha gostado do meu texto, não sei se vou poder iniciar um livro, mas pretendo continuar com essa estória.
Bem, pretendo fazer uma estória sobre a guerra, quem sabe a terceira guerra mundial. Não sei ainda, estou pensando em como vou fazer essa narração.

@AlexFC: Poisé, meu personagem se comporta como autor também, isso foi meio proposital, me inspirei em "Dom Casmurro" obra da qual Machado de Assis cria uma personagem e faz com que ela que esteja escrevendo a obra. Mas se ficar muito confuso, posso mudar e ver como fica.

EDIT: Atualizado.
Talvez eu possa criar um blog pra continuar a estória, mas por enquanto vou ir testando minhas idéias por aqui mesmo xD

Legal, achei bem peculiar seu modo de escrever.
Leia bastantes livros manolo, e sugiro que leia 1984 =D

gostei do seu jeito de escrever...
vc escreve com enfase,admiro isso

quando escrevo procuro fazer algo mais realista .na sua história observei q fosse bem realista até certo ponto =)

para essa história dou nota 10

gostei da historia, daria um bom livro cara, sério mesmo, o jeito como se descreve o personagem, parece ate que você entra dentro do personagem e descreve toda essa vivencia caotica dos problemas sociais em relação a guerra, eu gosto de historia que coloca filosofia e sociologia, transmite aquela mensagem de reflexão e imaginar uma realidade da sociedade.

Gente gostaria de dar uma revivida aqui pra pedir mais uma opinião de vocês.
Recentemente eu continuei esta história que até então eu tinha parado de escrevê-la. Mas acho que agora vou tomar outro rumo. O texto não falará mais sobre guerras, a minha ideia era narrar uma guerra em 2030 pelos recursos naturais brasileiros. Mas eu realmente não sou o melhor no assunto de guerra, prefiro falar da atualidade.

Então, minha proposta é continuar com este tom de crítica mas baseado no atual e não na ficção. O que acham?

Você já leu 1984?
É um livro interessante, pois fala sobre a atualidade, mas ao mesmo tempo futurístico, que fala sobre a sociedade e a teoria do Chaos.
Dá pra usar coisas que se usam hoje em dia numa história futurística.
O ideal não é exagerar, e não criar coisas que teriam pouca chance de acontecer.
Essa ideia do Brasil é legal, uma coisa que tem grande chance de acontecer (EUA x Brasil), pois Brasil é um país desprovido investimento no exército, e o governo dos EUA, além de ser fortíssimo é ganancioso.

Nunca li, mas posso tentar seguir essa sugestão.
Obrigado.

Eu não quero mais falar de guerra pois é um assunto complicado, combates, estratégias, qualquer errinho seria um problema.