Jogos casuais e hardcore

Olá, pessoas deste querido fórum (no qual posto raramente)! Como vão? Vou bem também, obrigado.
Enfim, vamos ao tópico!

O Game Maker serve apenas para criadores de jogos casuais? Ou também podemos fazer jogos hardcore?
Vejo pouquíssimos jogos independentes (de qualquer engine) hardcores, e mesmo que eu nao seja um gamer assíduo, sempre achei que esse tipo de jogo é muito mais interessante que um simples passa-tempo virtual, no qual será esquecido em pouco tempo! A maior questão é: No Game Maker é possível fazer jogos "grandes"? Ou acham que o perfil deste maker é apenas para jogos casuais?

Tenho essa dúvida a tempos, e pensei que seria um bom assunto a se discutir na GMBR!
Flw abs.

Velho, o Game Maker serve para qualquer estilo de jogo, e se você tiver experiência/capacidade pode fazer simplesmente qualquer coisa. É só ver os jogos do Locomalito, talvez minha principal referência da área indie. Todos os jogos do site dele são feitos com GM, e são de gigantesca qualidade.

Eu não entendi direito sua relação entre hardcore e jogos "grandes", jogos hardcore não precisam ser necessariamente grandes. Se for ver no NES por exemplo, tinham muitos hardcores de duração bem curta. Tinha-se a impressão que eram mais longos pq normalmente quando se perdiam todas as vidas o jogador voltava direto para o início do jogo (frustrante, mas divertido XD).

por isso as aspas na palavra "grandes", amigo Neutral hehehe
Game maker não se sobrecarrega quando tem muito conteúdo interno, tendo assim um loading longo?

Eu acho que sim, por isso, é recomendado usar recursos externos, pois se tiver muita coisa interna, vai ter muita coisa carregada na memória RAM, o que pode deixar o desempenho do jogo meio lento sabe? Então para jogos grandes assim, se deve usar recursos externos, pois eu acho que ninguém vai ver o Battlefield 3 em um executável né, então os recursos externos, servem para isso, para não sobrecarregar a memória RAM, e o processador também

Até!

Meu amigo, no gamemaker dá pra criar qualquer tipo de jogo. dá pra criar tanto um "jogo da cobrinha" quanto um god of war 4 ! É claro q tudo depende da capacidade de quem cria, e quantas pessoas criam. Meu sonho é criar um grande jogo pro gamemaker, cara, e eu sei q dá pra criar. O negócio e estudar bastante no gamemaker.Estudar é chato pra caramba bicho, mas estude então criando jogos simples e tal... Eu estou aprendendo criando jogos.

Um RPG com gráficos 2d, com diversas horas de jogo (umas 12 horas, por exemplo), seria possível usando os recursos externos, para que não sobrecarregue a RAM, né? Hmm

Um RPG com gráficos 2d, com diversas horas de jogo (umas 12 horas, por exemplo), seria possível usando os recursos externos, para que não sobrecarregue a RAM, né? Hmm

Claro que é possível, é só ser cuidadoso. =)

Bom, pelo que percebi, então é possível sim fazer um belo jogo no GM, mas não são feitos por falta de equipes pra isso...
Entendi, vlw galera

Eu acho que o usuário Golpe Baixo pegou uma questão bastante delicada sobre esse assunto.

Os termos "Hardcore" e "Casual" perderam completamente o sentido há muito tempo, e as pessoas utilizam esses termos querendo dizer coisas diferentes.

Antes de perguntar qualquer coisa que envolva esses dois termos, é necessário antes ter uma definição precisa do que significa "Hardcore" e "Casual" pra você.

Se usei as expressões incorretas, perdão! Mas expliquei o que é pra mim, e creio que deu pra fazer uma pequena discussão aqui, então tá tudo de boa hehehe :p

Eu falo "hardcore" quando é um jogo difícil ao extremo. Por exemplo: Ninja Gaiden do Xbox 360 é, pra mim, tão hardcore quanto o Ninja Gaiden do Nintendinho. Eu acho os dois difíceis, e pra mim, são hardcore.

Não importa o estilo ou a época do jogo. Por exemplo, R-Type. Se você pegar qualquer um, são tão difíceis quanto o primeiro, e pra mim são hardcore. Isso é relativo? Totalmente. Nunca zerei um R-Type sem salvar no emulador. Já zerei Ninja Gaiden suando sangue e no Youtube tem um cara que zerou Shadow Dancer do Mega Drive com uma mão só.

O termo que talvez caia melhor nesse caso é jogo "old school". Aí sim eu concordo que jogos "old school" eram mais difíceis que os de hoje. Não que não haja jogo difícil hoje, mas os antigos eram mais.

Numa boa, o Game Maker faz qualquer tipo de jogo 2D. Esses jogos de Mega Drive e Super Nintendo todos, podem ser feitos no Game Maker tranquilamente. O que vai mandar muito aí é a sua experiência. O Game Maker facilita demais, não é necessário ter experiência de fato, mas se tiver ajuda muito.

R-Type Final é MUUUUUUUUUUUUUUITO mais fácil que R-Type 2, não tem comparação

Eu acho eles difíceis, o Delta também é fogo cruzado. Black Tiger, Rygar, Ghost 'n Ghosts, Contra... esses classicões são todos assim. Esses eu acho hardcore.

Agora, "old school" mesmo, eu considero os da década de 80 pra trás, pegando desde aquela época do MSX, que você mesmo comentou, até a última época de vida do MS-DOS. Isso é a minha opinião, porque até essa época, ainda tava nascendo muito estilo de jogo. FPS é um exemplo. Doom, Pagan: Ultima 8, Alone In The Dark, todos nasceram nessa época e criaram estilos. O equivalente hoje seria: Call Of Duty, Diablo e Resident Evil.

Mas não cheguei a mexer no MSX, nem conhecia computador essa época. Meu primeiro contato com um PC foi num 286, mas meu primeiro PC foi um Pentium MMX. Pra mim, até a época do Play 1 ainda tinha jogo "hardcore". De lá pra cá, os três únicos jogos que eu diria que são realmente hardcore são: Shadow Of Rome e Shinobi do Play 2 e Ninja Gaiden do XBox360.

Se você tem um Playstation 2, pegue Ibara, Dodonpachi Dai-Ou-Jou, Alien Hominid e Contra Shattered Soldier, como exemplos de jogos Hardcore relativamente modernos.

Se você tem um XBOX 360, pegue Dodonpachi Resurrection e Espgaluda 2

Eu diria que não se vê muitos jogos hardcore feitos no GM porque dificlmente um jogo indie tem a proposta de ser hardcore. Normalmente, jogos indie tentam passar uma mensagem, passar uma impressão ou inovar em algum aspecto.
Jogos hardcore visam atingir um público cativo, aquele pessoal que já gosta de jogar mesmo, que não precisa ser convencido. Esse público costuma procurar jogos de desenvolvedores já renomados, pra não perder tempo com experimentação. Se o jogo é muito famoso, ou melhor ainda, se o jogo é muito esperado, os hardcore gamers dão atenção ao jogo. De outra forma, melhor esperar pra ver o que diz a crítica.
Assim, os jogos de desenvolvedores indie ficam excluídos desse público até serem descobertos pela mídia. Ora, a probabilidade disso acontecer é mínima, então não é interessante investir no desenvolvimento desse tipo de jogo.

Restam os demais públicos, principalmente o jogador casual. Para o casual gamer, um jogo leve é mais atraente. Se ele for bonito, rápido e inovador, tanto melhor.
Nota: Não digo que o jogador casual não goste de jogos sombrios, não confunda "bonito" com "de espírito leve". Jogos sangrentos, com membros voando podem ser considerados bonitos, também, desde que a arte seja bem trabalhada.
Continuando, o público casual deve ser conquistado nos primeiros minutos de jogo. Se após passado o tempo de experimentação ele ainda estiver entediado, vai procurar outra coisa na prateleira. Não adianta dizer que o jogo tem uma curva de aprendizado lenta, o jogador casual não tem compromisso com seu jogo.
Isso faz parecer que a arte é essencial para atingir o jogador casual, mas isso não é 100% verdade (sempre é bom ter um jogo bonito, mas nem sempre é necessário). Pode-se atingir o jogador casual com efeitos, sons, e até com a história, desde que ela seja apresentada da forma correta.

Há, ainda, outros públicos. Até alguns nichos não explorados no mercado.

É nesses nichos que eu pretendo, um dia, ganhar dinheiro. Portanto, não vou alimentar meus concorrentes com mais informação...

Totalmente de acordo contigo, saim. E essa questão do jogo "bonito" é muito relevante hoje em dia. Hoje, a grande maioria do pessoal que se diz jogador, normalmente é mais atraído pela beleza do jogo do que pela proposta. Não que um jogo bonito não seja importante, mas não é o que diverte de fato.

Esses dias eu parei um tempo pra jogar um tal de "Enslaved". Os gráficos do jogo são de cair o queixo, o enredo é espetacular, os diálogos engraçados, os personagens são carismáticos demais, mas o jogo é um lixo. Se eu tiver levado 8 horas pra zerar o jogo, 6 horas eu garanto que foi apertando botão de pulo. Só isso: pulo.

Tem graça? Me divirto muito mais jogando Zombie vs Plants mil vezes. Ele é simples e divertido, pena que é enjoativo.

@shatterhand2

Legal demais! Não sabia que tinha esse Contra pra Play2!

Questão (Só pra gente aprofundar o tema)

Definam os seguintes jogos com "Hardcore" ou "Casual":

Tetris
The Sims
God of War
Worms
Call of Duty
Dodonpachi Resurrection

Muito curioso pra saber o que vai ser dito.

Call of Duty é um jogo que qualquer zé-bunda termina, é só ter um pouquinho de tempo livre. Mesma coisa God of War, que no nível Default se resume a ficar apertando quadrado até todos morrerem.

Eu conheço uma pessoa que joga The Sims há pelo menos 5 anos, quase todos os dias. Isso é "casual" ?

E Tetris, um joguinho bobo e sem objetivo, que fica se repetindo toda hora, como que é hardcore?


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Eu não to discordando de você, só to tentando mostrar como essa definição varia muito. A coisa é tão complicada que um dos jogos você nem conseguiu definir.
Na verdade, creio *jogadores* podem ser "Hardcores" ou "Casuais", não os jogos em si. O que muda é a sua postura em relação ao jogo, e não a mecânica do jogo.