games no "pequenas empresas, grandes negócios"

Boa reportagem a respeito do mercado de games - no Brasil.
Foi ao ar hoje (17/02/2013), pela manhã.

Detalhes que eu notei:
- Nada de "game maker" nas telas
- Pesquisei a respeito dos entrevistados, ambos parecem estar em São Paulo
- Investimentos citados são MUITO maiores que uma licença de GMS...
- As telas apresentadas não têm nada do visual "indie" que tanto adoramos

Realmente é uma boa matéria.

Deu pra notar que o trabalho principal da primeira empresa não é fazer jogos mas sim vender publicidade.
Ele falou algo bem interessante: o tempo que o jogador é exposto ao produto é muito maior do que em qualquer outra media.
Se parar para pensar só com adgames alguem poderia se divertir com um produto ou marca antes de compra-lo além de divulga-la por um longo tempo.

Até em ads normais em pagínas, aqueles que estão em forma de games são muito mais chamativos.

Infelizmente o mercado que predomina no Brasil são os advergames(advertise + games = jogos para propaganda/anúncio).
Tem muita pouca gente BR que faz jogos legais, único que me recordo é a Hóplon Games, criador do Taiko Dom e que tá trazendo alguns jogos pra cá.

se vcs repararem bem... notem que os games mostrados nada mais são do que versões de jogos existentes!

E não importa o maker que fizeram, mas percebo que parecem ser em flash(vetores)!
O que há com a gente? podemos recriar antigos jogos em novas versões e mais ciativo! Ou seja, colocar algo mais!

Olá a todos,

Não cheguei a assistir toda a matéria, acho que peguei ela pela metade.
Com relação ao que o saim disse acima, é algo já previsto, uma vez que eu nunca foquei em usar o Game Maker como uma ferramenta de desenvolvimento profissional.

Se não me engano um dos entrevistados disse que investiu dez mil reais para abrir uma "empresa" em sua casa, seus gastos foram com computadores, celulares e licenças de software, algo que pode ser reduzido para quase zero. No meu caso, já tenho computadores, celulares, só me falta licenças.

Eu acredito muito no mercado de games no Brasil, embora muitos estejam desanimados. Não é necessário ter uma empresa ou ter uma gigantesca produção, basta ter foco e criatividade para conseguir ir até o fim e criar meios de lucrar com os jogos (que são muitas).

Um site (com.br) já dá um ar de profissionalismo e já é um bom meio de divulgar e disponibilizar jogos gratuitos e lucrar de alguma outra forma (caso não queira vender os jogos em alguma store)

Abraço!

Leia sobre a legislação de software e legislação de exportação/importação de bens eletrônicos e vai entender porque sim, realmente é muito PRECÁRIO E DESANIMADOR ser desenvolvedor de jogos.

O Brasil não participa nem com 1% de participação do dinheiro que involve desenvolvimento de jogos.

Sim, posso até concordar com você, mas desanimar e não querer investir ou trabalhar no setor, não vai ajudar em nada o aumento desse 1%.

Abraços.

Jogos não veem do nada, a gente precisa de uma motivação, coisa que o governo NUNCA FEZ. Nem com redução de impostos, nem nada.

Conhece Amnesia? Um dos maiores jogos de terror dos últimos anos? Ele foi feito com o apoio de um programa do governo do país deles. Eles tinham muito pouco, eles só tinham feito Penumbra, que não é tão bom assim, e olha o que saiu? Dá pra imaginar um jogo tão bom ser indie?

Interessante, o jogo Amnesia ficou muito bem feito, não sabia dessa ajuda do governo.

Realmente, criar jogos desse porte pode não ser uma boa ideia aqui.

Abraços.

Bem legal essa matéria. Quem gosta de ver matérias assim também, recomendo a Rede Minas (MG), o Jornal Minas de vez em quando passa alguma coisa voltada pra games.

Mas eu não entendo esse lance de "investimento". Pra mim, hoje em dia isso não faz o menor sentido pra quem quer começar a desenvolver alguma coisa. O GM não é de graça, mas a quantidade de ferramentas disponíveis pra criar e divulgar gratuitamente é enorme.

Talvez um cara precisasse de investimento pra portar um jogo pra outras plataformas depois que ele fizesse sucesso, o que com o GM (que é um investimento irrisório pelo que ele proporciona) é possível já de primeira mão.

moisesBR escreveu:E não importa o maker que fizeram, mas percebo que parecem ser em flash(vetores)! O que há com a gente? podemos recriar antigos jogos em novas versões e mais ciativo! Ou seja, colocar algo mais!

Eu concordo. Mesmo que não seja um jogo "inovador", a maioria dos jogos de sucesso hoje são gêneros já antigos, porém com mais ar de "cinema".

O jogador fica mais 'submerso' no jogo. Veja o exemplo do Alan Wake que é um dos jogos mais velhos da MS pro XBox, mais de 50% do jogo são cutscenes contando a história do personagem e o jogo ainda consegue ser bom.

L0l-King escreveu:O Brasil não participa nem com 1% de participação do dinheiro que involve desenvolvimento de jogos.

Amigo, reveja suas fontes. Esse 1% que você falou está errado. Primeiro que desenvolvimento de jogos não significa necessariamente "dinheiro", seja compra ou venda.

E segundo que, além das pessoas que desenvolvem aqui, também tem brasileiros trabalhando no exterior. Hoje em dia, os principais desenvolvedores de jogos do Brasil não estão mais dentro de faculdades.

Concordo que os impostos não cooperam pra quem deseja seguir no mercado. Mas esse não é o caso do desenvolvedor indie. Quem dera fosse aqui como é no Japão: a Capcom é uma empresa pública, financiada pelo povo.

Mas eu não entendo esse lance de "investimento". Pra mim, hoje em dia isso não faz o menor sentido pra quem quer começar a desenvolver alguma coisa. O GM não é de graça, mas a quantidade de ferramentas disponíveis pra criar e divulgar gratuitamente é enorme.

Você pode fazer um ótimo game, mas se não tiver dinheiro pra pagar a divulgação, vai ter que contar com a sorte.
Há algum tempo atrás eu tirei um dia inteiro pra entrar em contato com todos os sites de review e enviei mensagens pedindo review de alguns de meus jogos.
Uns 10 responderam e todos pediram dinheiro pra fazer, sempre de 60 a 300 dólares dependendo do plano. (é, eles tem uma tabelinha com planos para divulgação que inclui twiter, facebook e youtube.).

Você paga até pra receber aquelas estrelinhas no google play, custa mais ou menos 1 dólar pra cada estrela. Tem um site que faz isto e coloca a avaliação que você quiser.

Você paga também pro seu jogo aparecer nos banners em celulares, custa mais ou menos 200 dólares pra 600 c e downloads. (Pode parecer estranho, mas no começo você tem que pagar pra baixarem seu jogo, principalmente demos). No Admob fica mais caro ainda, estabelecendo um orçamento baixo de uns 5 reais por dia, você consegue no máximo uns 20 a 30 downloads diários com este valor.

Existem ainda outros sites (empresas) que recebem pra curtir sua página no facebook.

As pessoas realmente acham que o que faz sucesso e por qualidade e mérito, mas não é assim. Pagando você vai pro início da fila e tem muito mais exposição.

Pra divulgar um jogo, dá pra começar com uns 500 reais, mas se começar a ter resultado tem que investir parte do lucro em divulgação novamente, se for um game de qualidade comprovada que vai render uns 2 milhões por ano, gastar uns 50 mil em divulgação é até pouco.

Pra qualquer Youtuber famoso falar do seu game no canal dele com certeza você vai ter que pagar. Mesmo que o jogo seja bom.

Existem maneiras de aproveitar melhor orçamento de divulgação e esticá-lo bem, mas sempre vai ter que gastar alguma coisa.

Borderline escreveu:

Amigo, reveja suas fontes. Esse 1% que você falou está errado. Primeiro que desenvolvimento de jogos não significa necessariamente "dinheiro", seja compra ou venda.

E segundo que, além das pessoas que desenvolvem aqui, também tem brasileiros trabalhando no exterior. Hoje em dia, os principais desenvolvedores de jogos do Brasil não estão mais dentro de faculdades.

Quem falou que não é nem 1% de participação de desenvolvimento de jogos não fui eu, foi de uma palestra de um dos desenvolvedores da Hóplon. Me desculpe, mas se ele estiver errado, então exponha suas fontes.

Por favor, entenda também que eu estou falando do Brasil, PRODUTO INTERNO, é o fim da picada eu ter que viajar pro exterior pra conseguir um emprego decente dessa área. Eu concordo em questão pra desenvolvimento pra consoles, Brasil não tem tecnologia pra isso, mas pelo menos como jogos Indie do estilo de Trine, Amnesia se existisse um apoio do governo a gente teria condições de fazê-lo.

@cascavelo

Nunca fiz um jogo pra outra plataforma que não fosse o Windows ou Linux. Por eu estar mais acostumado ao Linux onde tudo é gratuito, a divulgação é fácil e o acesso que o usuário tem a um jogo é a mesma dificuldade de digitar o comando ‘apt-get install’, eu nunca encarei a dificuldade que é divulgar um jogo com o intuito de vendê-lo...

Não tenho experiência em tentar divulgar um jogo, mas sei que divulgação realmente é um gasto. Você tem total razão.

Mas toda a parte pra produzir o jogo pode ser feita sem gastar nenhum tostão, nem mesmo pra estudar. Se o cara tiver uma boa ideia e as ferramentas de graça, ele faz um bom jogo sem colocar a mão no bolso. Mas pra divulgar, embora haja meios gratuitos também, você tem razão.

@Borderline: infantil da sua parte, pensei que estava a gerar uma discussão, e não a perder meu tempo.

boa a reportagem. Eu havia visto somente a 2a empresa no dia.
Muito bom vc postar isso aqui Saim. Com certeza vai deixar animado uma galera aqui do forum, assim como eu fiquei (apesar de não me mexer profissionalmente nisso)

quanto a incentivo de governo para desenvolvimento de ...jogos. Bem, não vejo como isso pode ser problema do governo de um país como o Brasil.